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O Brasil é, historicamente, conhecido como o país do futebol. E essa fama não vem apenas dos títulos conquistados, mas principalmente da força das categorias de base, responsáveis por revelar talentos que ganham o mundo. Um estudo do CIES Football Observatory confirma essa realidade: O Brasil possui a segunda maior quantidade de clubes no ranking das melhores categorias de base do mundo, ficando atrás apenas da Argentina.
Entre os clubes brasileiros mais bem colocados no cenário mundial estão São Paulo, Corinthians, Flamengo e Palmeiras, todos figurando entre os 20 melhores do mundo em formação de atletas.
A Força da Categoria de Base no Brasil
Além dos quatro gigantes no Top 20 mundial, o Brasil ainda conta com diversos clubes entre os 100 melhores do mundo em categorias de base, como:
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Santos
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Grêmio
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Cruzeiro
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Internacional
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Fluminense
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Athletico-PR
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Atlético-MG
O ranking das categorias de base leva em consideração critérios como:
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Quantidade de atletas formados
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O nível dos clubes em que esses atletas atuam
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Os minutos jogados na última temporada
Esses fatores demonstram não apenas a quantidade, mas principalmente a qualidade da formação do futebol brasileiro, referência mundial na revelação de talentos.
Categoria de Base no Mundo: Ranking das Melhores do Planeta
No cenário internacional, alguns clubes lideram o ranking das melhores categorias de base do mundo:
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Benfica (Portugal) – Melhor base do mundo
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Barcelona (Espanha)
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River Plate (Argentina)
Outros clubes formadores tradicionais que também aparecem entre os primeiros:
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Ajax
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Boca Juniors
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Sporting
Mesmo com menos clubes que a Argentina, o Brasil se destaca pela grande quantidade de representantes no ranking, reforçando sua liderança global na formação de atletas.
Direitos dos Jogadores da Categoria de Base no Brasil
Além do aspecto esportivo, a categoria de base no Brasil também envolve regras jurídicas importantes, que protegem tanto os clubes quanto os jovens atletas. Essas normas são regidas principalmente pela Lei Pelé e pela CLT.
Antes dos 16 Anos: Contrato de Formação Desportiva
Antes de completar 16 anos, o jovem atleta não pode ter vínculo empregatício formal com o clube. A relação jurídica é regida pelo Contrato de Formação Desportiva.
Principais pontos:
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Idade mínima: A CBF permite a assinatura a partir dos 12 anos, embora a Lei Pelé preveja dos 14 aos 20 anos.
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Natureza jurídica: Não gera vínculo de trabalho.
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Objetivo principal: Formação técnica, física, psicológica e educacional.
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Obrigação escolar: O clube deve garantir a frequência do atleta na escola.
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Direito à indenização: Caso o atleta assine o primeiro contrato profissional com outro clube.
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Registro obrigatório na federação competente.
Base Legal do Contrato Profissional aos 16 Anos no Futebol Brasileiro
A possibilidade de um jogador assinar seu primeiro contrato profissional aos 16 anos de idade está prevista na Lei Pelé (Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998), em vigor desde 1998. Essa legislação regulamenta toda a atividade desportiva no Brasil e estabelece as bases da relação de trabalho entre clubes e atletas.
A partir dos 16 anos, o jovem atleta passa a ter capacidade legal para firmar o Contrato Especial de Trabalho Desportivo, adquirindo vínculo empregatício formal com o clube. Nesse momento, ele passa a ser regido também pela CLT, com todos os direitos trabalhistas garantidos por lei.
Direitos do atleta a partir dos 16 anos:
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Registro em Carteira de Trabalho (CTPS)
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Salário mensal
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FGTS
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Férias remuneradas e 13º salário
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Jornada de trabalho regulamentada
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Direito de imagem, dentro dos limites legais
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Direito de arena
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Seguro e assistência em caso de acidente de trabalho


