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Nos últimos anos, o jejum intermitente tem ganhado cada vez mais destaque entre atletas e praticantes de atividades físicas. Muitas pessoas ainda acreditam que treinar em jejum pode ser prejudicial ao desempenho ou até perigoso, mas a minha experiência mostra que, quando bem estruturado e feito com consciência, ele pode trazer benefícios significativos para a saúde, a composição corporal e o metabolismo.
Neste artigo, compartilho como faço meu treino em jejum na prática, como organizo minha rotina, os cuidados que tenho com descanso e intensidade, além dos principais benefícios que percebo no dia a dia.
Como Funciona a Minha Rotina de Jejum e Treino
Normalmente acordo já em jejum, com cerca de 10 a 12 horas sem me alimentar, e inicio meu treino sem consumir nenhum tipo de alimento calórico. Faço apenas a hidratação com água e, em alguns dias, café sem açúcar.
Meu treino em jejum é estruturado de forma simples, objetiva e segura:
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20 minutos de caminhada, em ritmo moderado, apenas para ativar o metabolismo, despertar o corpo e preparar a musculatura para o treino de resistência.
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30 minutos de musculação, priorizando exercícios compostos e trabalhando com uma intensidade controlada.
Um ponto muito importante é que, ao treinar em jejum, eu não busco alta intensidade. Seja em uma corrida, caminhada ou até mesmo no levantamento de pesos, a carga e o ritmo precisam ficar bem abaixo dos meus limites máximos. O objetivo não é recorde de desempenho, mas sim constância, segurança e adaptação metabólica. Treinar muito forte em jejum pode ser arriscado e comprometer tanto os resultados quanto a saúde.
Após o treino, realizo minha primeira refeição do dia, sempre priorizando:
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Boas fontes de proteína para a recuperação muscular,
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Gorduras saudáveis,
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Carboidratos de qualidade, para repor a energia de forma equilibrada.
E Quando o Sono Não é Ideal?
Nem sempre a rotina permite dormir as 7 ou 8 horas consideradas ideais. Em alguns dias, durmo apenas cerca de 4 horas e, mesmo assim, vou treinar. Nesses casos, tomo ainda mais cuidado com a intensidade do treino e, principalmente, priorizo o descanso após o exercício.
Sempre que posso, compenso esse déficit de sono com:
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Um descanso maior ao longo do dia,
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Cochilos estratégicos,
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Dormindo mais cedo na noite seguinte.
Com o tempo, aprendi que o descanso é tão importante quanto o treino, principalmente quando se pratica atividade física em jejum. Sem uma boa recuperação, o corpo não evolui.
Principais Benefícios do Treino em Jejum Que Eu Percebo
Ao longo do tempo praticando o jejum intermitente aliado ao treino, percebi diversos benefícios reais:
✅ Melhora na Queima de Gordura
Durante o jejum, os níveis de insulina ficam mais baixos, o que facilita o uso da gordura corporal como fonte de energia.
✅ Aumento da Sensibilidade à Insulina
O corpo passa a aproveitar melhor os nutrientes, favorecendo um metabolismo mais eficiente.
✅ Maior Produção do Hormônio do Crescimento
Esse hormônio é essencial para a recuperação muscular, manutenção de massa magra e queima de gordura.
✅ Adaptação Metabólica
O organismo se torna mais eficiente no uso da energia, aumentando a resistência física ao longo do tempo.
✅ Mais Foco e Clareza Mental
Sem a digestão consumindo energia, sinto uma melhora clara na concentração e no rendimento mental, especialmente nos treinos pela manhã.
Descanso e Recuperação: Parte Essencial do Processo
A recuperação é um dos pilares da minha rotina. Sempre que possível, busco dormir entre 7 e 8 horas por noite, pois é durante o sono que acontecem:
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A regeneração muscular,
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O equilíbrio hormonal,
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A recuperação física e mental.


